Um diário aberto

Estreio neste diário um conceito novo para os meus escritos. Ao invés de os arrumar por género, como uma coleção de contos, outra de poemas, outra ainda de memórias, ou compilar artigos avulso, publicados em blogue, desta feita decidi, simplesmente, seguir um critério temporal e juntar, num único volume, tudo o que fui escrevendo ao longo de quase um ano, independentemente do género ou categoria onde pudesse ser inserido. Tem assim o leitor entre mãos quase um diário, que exprime reflexões, pensamentos, poemas, mas também ensaios e contos de ficção, que apenas têm em comum o autor e a época em que foram escritos. Não pretendo inventar nada, mas apenas arrumar de forma diversa e, nalguns aspetos, mais interessante, aquilo que vou escrevendo. Talvez este modelo desperte o interesse do leitor para algum dos outros volumes temáticos, ou lhe evite o desprazer de os ler, fundado em falsas expectativas. Por isso, peço-lhe apenas que desfrute deste livro, como quem lê um diário, que não é íntimo, mas aberto, mas nem por isso deixa de ajudar a compreender a pessoa, por detrás das palavras. Para o bem ou para o mal, dependendo da opinião de cada um.