Alentejo da minh'alma!

O Alentejo é, por razões que as mais variadas áreas de estudo podem explicar e todos nós poderemos constatar, um espaço de diversidade sobre todos os pontos de vista. Ao mesmo tempo, é um espaço onde as suas gentes sempre contribuíram para cimentar uma identidade geral muito própria, especialmente marcada pela partilha de fortes afinidades sentidas e vividas e pelas mais diversas formas de coesão afectiva e emocional. Nessa simbiose de espaço e gentes, o Alentejo e os alentejanos consolidam ímpares conteúdos comportamentais, quer ao nível de valores e atitudes, com tradução nas suas formas de vida e na forma como promovem uma sólida e harmónica identidade comunitária, quer nos planos específicos das suas formas de vida e hábitos que os tornam inequivocamente identificáveis. Esta poderá ser, talvez, uma das formas rápidas (quiçá, algo ousada!) de resumir aquilo que está no universo idiossincrático do povo que habita secularmente este território. Assim, o autor propõe aqui uma sugestão poética que cruza essa sua condição de alentejano nascido e "feito moço" no Alentejo (em Alvito), com um olhar, também, fruto da condição de emigrante em outras paragens.