Matuto Invokado

O fâmulo momento é condescendente com uma das mais profundas crises sanitárias, econômicas, políticas, morais e de açoites existenciais da humanidade moderna. Este cenário inquietante, forjou-me o parto prematuro. O solavanco do fórceps, instigou-me a desabrochar. Uma acomodação em crítica a neocolonização, manifestado por um matuto duvidador, cabreiro, desconfiado e cismado. Que, para arriscar na arte da escrita, invoca o auxílio e proteção da ancestralidade e sapiência dos caboclos caducos. Uma obra com pinceladas de fatos vivenciados na contemporaneidade, que abraça temáticas regionalistas e assuntos de história, estória, poesias, músicas, filosofia, artes, sociologia, geografia, políticas, devaneios, ecologia e até agronomia. A coletânea de crônicas foram concebidas sempre em períodos matutinos. Aquele instante em que o espírito se encontra consigo mesmo, resignado ao mais profundo e inspirador silêncio criador. Produtos do ápice que antecede a alvorada, e o prenúncio dos primeiros raios na cadência dos galos da madrugada. Eis aqui a inspiração da criatura Matutina. Ousarei a arriscar, sob pena de trair os instintos e ideais revolucionários, em momentos de tamanho perecimento.