infernaliana

De todos os erros populares, a crença no vampirismo é de certeza a mais absurda; não sei se ela não é mais do que os contos de fantasmas. Os vampiros só foram conhecidos por volta do século dezoito. Valáquia, Hungria, Polónia, Rússia, foram os seus berços. Voltaire, no Dicionário Filosófico, diz-nos: “Só ouvimos falar de vampiros entre 1730 e 1735, espreitámo-los, arrancámos-lhes o coração, queimámo-los: parecem antigos mártires; quanto mais os queimávamos, mais os encontrávamos.” É espantoso como seres razoáveis possam ter acreditado durante tanto tempo que os mortos saíam de noite dos cemitérios para ir sugar o sangue dos vivos, e que esses mesmos mortos voltavam de seguida para os caixões. No entanto, podemos certificar que pessoas de mérito acreditam nisso, e que a própria autoridade serviu para propagar semelhante absurdo. Levamos os nossos leitores a desconfiar destes contos como também das supostas histórias de fantasmas, bruxos, diabos, etc. Tudo o que se pode dizer e escrever sobre o tema, não é autêntico nem merece nenhum crédito. Tirámos vários contos de diferentes autores. Contribuíram Langlet- Dufresnois, Les mille et un Jour , Dom Calmet, etc. Um grande número